domingo, 31 de outubro de 2010

Angels Of The Darkness - Chapter 4

     A aula daquele dia havia terminado, Hayley saiu da sala tão depressa que não consegui enxergá-la, eu saí da sala e fui ao meu armário, para guardar meus livros e depois saí em direção ao pátio externo da escola, quando cheguei lá vi que no chão ainda podiam ser enxergadas as marcas dos pneus da ambulância que chegou depressa para ver como Scott estava. Muita gente estava lá, afinal era o horário de saída, praticamente todo o colégio estava lá, eram carros de pais levando os seus filhos embora, os famosos ônibus amarelos das escolas americanas, parados à beira da calçada esperando os estudantes entrar. Acabei andando para todos os lados daquele pátio procurando Hayley e não a encontrei, resolvi voltar para dentro da escola de novo para ver se ela estava no pátio interno, "o pátio da grande árvore" como todos chamam aqui, o motivo deste nome é porque no meio do pátio existe uma figueira enorme, que segundo a história, existe desde quando a escola foi construída.
     Quando cheguei ao pátio da grande árvore vi que a situação ali não estava diferente da situação do pátio externo, ali estavam as líderes de torcida fazendo o seu treino tradicional ás tardes e também os torcedores das líderes de torcida, por incrível que pareça a Santa Barbara High School é uma das poucas escolas em que as líderes de torcida e o time de futebol americano arrasam no que fazem, por isso eles tem muitos fãns.
     Olhei em direção à enorme figueira e a encontrei sentada embaixo daquela enorme sombra que a árvore fazia, ela acenou para mim e me chamou, eu fui até ela.
     - Oi. - eu disse.
     - Oi, espero que não se atrase por ficar aqui comigo. - ela disse.
     - Não, nem um pouco, minha mãe vai me buscar mais tarde hoje.
     - Ata, que bom então.- ela disse com um sorriso estampado em seu rosto, era impossível não notar a sua felicidade. - Sente-se aqui comigo. - ao mesmo tempo em que ela disse isso, ela pegou em minha mão, e eu claro que me sentei ao seu lado, eu ficaria por séculos ali se fosse preciso.
     - Então, o que você queria conversar comigo? - perguntei.
     - Hm, eu queria agradecer você por passar grande parte do dia comigo, me ajudando a como me achar aqui e me fazer companhia sabe...
     - Ata, ah nem precisa agradecer, pode contar sempre comigo.
     - Eu sei.- ela disse olhando em meus olhos e depois continuou falando. - E que como eu sou nova é sempre bom ter um amigo como você sabe, tipo, depois de eu ter me mudado de Nova York para cá,  eu me sinto aliviada de estar aqui.
     - Hm, mas porque você e sua família se mudaram?
     - Por vários motivos, um deles é que eu na minha antiga escola era "a excluída" sabe, eu era meio que "a diferente" de todos então eu não tinha muitos amigos, outro motivo é que meus pais já queriam se mudar para cá já faz um tempo, sabia que lá em Nova York diziam que Santa Barbara é um lugar cheio de surpresas?
     - Hm e é mesmo. - neste momento, me lembrei daquela sexta-feira à noite e no mesmo instante vi que Hayley usava aquele seu colar de fita vermelha ainda.
     Então resolvi perguntar.
     - O que é esse seu colar de fita vermelha?
     - Ah isso, é um símbolo da minha família, quando cada pessoa completa 15 anos, ganhamos um acessório de fita vermelha, as mulheres colares e os homens pulseiras, é uma tradição desde o século passado, eles dizem que dá proteção.
     - Hm, protege de que? Porque é uma tradição? - percebi que depois que perguntei, Hayley ficou meio sem jeito para responder, então resolvi mudar de assunto.
     - Bom, outra hora agente conversa sobre esse assunto, hm, eaí você já tem par para o Baile de Inverno? Imagino que já tenha sido convidada por vários meninos...- percebi que ela estava me olhando com curiosidade, eu estava com ciúme.
     - Porque você pensa isso? - ela perguntou com um sorriso no rosto.
     - Ah você sabe, você é nova aqui, linda, inteligente... - senti meu rosto corar de vergonha. Então ela respondeu.
     - Aaah que fofinho. Bem, na verdade eu fui convidada por três meninos já, mas eu neguei todos.
     - Sério?!?! - eu perguntei surpreso e não consegui esconder a felicidade que eu estava sentindo.
     - Sim, e você? Já deve ter um par imagino...
     - Na verdade nenhum. - respondi.
     Depois disso chegou aquele silêncio no ar que eu odeio, Hayley ficava olhando para os seus dedos que brincavam de se entrelaçar e então encontrei a coragem, me levantei à sua frente, olhei bem em seus olhos e perguntei.
     - Hayley, você aceita ir ao Baile de Inverno comigo?
     Ela simplesmente se levantou e disse.
     - Hm, eu preciso ir ao meu armário largar os meus livros... quer ir até lá comigo?
     Meu mundo desabou, era como se ela não tivesse ouvido a minha pergunta, era como se várias facas estivessem atravessando meu coração, fiquei pasmo por alguns segundos, mas eu tinha que superar aquela tristeza e arrependimento que havia me dado, afinal, ela não era obrigada à ir comigo, acho que acabei tirando as conclusões erradas, talvez eu tivesse me enganado que poderia ter uma garota tão maravilhosa como a Hayley, então eu engoli a sua "resposta" e a acompanhei até o seu armário, sem dizer nada.
     Os corredores dos armários estavam vazios, todos estavam nos pátios, olhei para o meu relógio e vi que haviam se passado 40 minutos do término da aula, com Hayley o tempo voava. Ela chegou ao seu armário e colocou seus livros dentro dele e depois o fechou. Hayley se virou para mim, me olhou no fundo dos meus olhos e então eu não pensei em mais nada.
     Seus lábios estavam junto aos meus, meus braços a envolveram imediatamente e os dela me envolveram também, eu queria que aquele momento durasse para sempre, ela segurou minha nuca como se ela quisesse que eu nunca a soltasse, passei as mãos por seus cabelos escuros como a noite, sua boca era como se fosse moldada para se encontrarem com a minha, meus braços eram como se fossem sido feitos para protegê-la de tudo e de todos, meu coração batia forte e eu sentia o dela, que batia tão forte quanto o meu, eu a amava. Aquele momento foi o mais feliz da minha vida, ela parou de me beijar, me olhou nos olhos de novo e disse.
     - E respondendo à sua pergunta... eu seria com certeza a menina mais idiota do mundo se não aceitasse ir ao baile com você.- uma lágrima escorreu por seu rosto e eu a dei o mais forte, sincero e protetor dos abraços que eu já dei em qualquer pessoa.
     Os raios de um lindo pôr do sol iluminavam o corredor e vinham ao nosso encontro, naquele momento acabei percebendo que eu não havia tirado as conclusões erradas, as conclusões eram muito mais que verdadeiras, eu havia encontrado o meu lugar no mundo, e ela o dela.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Angels Of The Darkness - Chapter 3

     Estávamos andando no meio do corredor em direção à sala de artes, o silêncio entre nós dois estava ficando frustrante, então resolvi puxar assunto.
     - Então Hayley, é nova aqui em Santa Barbara?
     - Ah sou sim, eu, minha irmã e meus pais nos mudamos de Nova York para cá quinta-feira.
     - Hm, você tem uma irmã? - perguntei.
     - Tenho sim, a Heavan, um ano mais velha do que eu...
     - Que legal, também tenho uma irmã, a Caroline, está no último ano da escola, eu vou me formar ano que vem.
     - Sério?! Então vamos ser colegas! - ela disse com uma felicidade estampada em seu rosto.
     Neste momento percebi que seus olhos eram castanhos escuros e não vermelhos como os daquela noite. Infelizmente tínhamos chegado à sala de artes e tive que deixá-la.
     - Bem, é aqui a sala de artes. - eu disse.
     - Ok, muito obrigada Damon, hm, nos vemos no intervalo?
     - Claro! Te encontro no refeitório.
     - Então ta bom. - Ela sorriu, me deu um beijo na bochecha e entrou para a sala.
     Depois disso fiquei parado, meio que em estado de choque, não acreditei no que tinha acabado de acontecer, depois disso tive a absoluta certeza de que eu estava apaixonado.
     Demorei um tempo para voltar ao normal, olhei para o horário em meu relógio e me espantei. Eu estava dez minutos atrasado. Voltei correndo para a minha sala de aula, quando cheguei a Sra. Morgan estava passando no quadro um novo conteúdo.
     Bati na porta e ela disse para eu entrar rápido, eu gosto bastante dessa professora, ela é bem legal. Enquanto entrava, eu olhei para o fundo da sala e vi os meus dois melhores amigos me olhando com aqueles olhares de "Por onde você andou?!". Ainda bem que eles tinham guardado um lugar para mim, me sentei e assisti o resto da aula. Depois da aula de história fomos para a sala ao lado, porque era a hora da aula de francês. As aulas de francês demoravam anos para passarem, mas a de hoje demorou séculos, estava muito ansioso para ver Hayley de novo.
     Finalmente a aula acabou e fomos para o intervalo, saí da sala e Jéssica e Leonardo saíram correndo atrás de mim para saber o que havia acontecido comigo para mim ter chegado atrasado na aula de história.
     - Hey Damon, por onde você andou? - perguntou Jéssica.
     - Ah, eu levei Hayley até a sala de artes, ela estava perdida. - respondi.
     - Quem é "Hayley"? - perguntou Leonardo.
     - É uma menina nova na escola, vai ser nossa colega sabia?!
     - Aaata. - os dois responderam ao mesmo tempo e por um momento se entreolharam.
     - Vou encontrar ela no refeitório, vamos! - eu disse.
     Quando chegamos ao refeitório, Jéssica e Leonardo foram para a nossa mesa de sempre, entre a mesa dos populares e a dos nerds. Nós éramos o meio termo no caso. Olhei em volta e não a achei, depois olhei mais uma vez, e vi que ela estava sentada em uma mesa sozinha, resolvi ir até lá para conversar com ela. Eu estava no meio do caminho, e então, Dan o capitão do time de futebol americano chagou a mesa dela e se sentou, ele começou a conversar com ela, sinceramente, eu odeio muito esse cara. Parei para voltar à mesa dos meus amigos. Foi quando ela me viu parado no meio do refeitório como uma estátua, sorriu e abanou para mim.
     Eu não consegui reagir, não consegui abanar de volta nem nada, apenas juntei os pedaços do meu coração no chão e voltei para a minha mesa. Me sentei e então Jéssica me perguntou:
     - Eaí, cadê essa tal "Hayley"?
     - Ela teve que ir embora. - eu disse, então olhei em direção à mesa que ela estava sentada e vi que ela não estava mais lá. Dan veio se sentar na mesa dele ao lado da minha, na dos "populares" é claro.
     Fiquei pensando, "onde é que ela poderia estar?". Então o sinal do fim do intervalo tocou, não sei como passou tão rápido!
     Voltamos para a sala de aula para ter aula de inglês, entrei na sala e lá estava ela, sentada no fundo. Ela me chamou para eu me sentar ao seu lado e eu claro que não recusei o convite.
     - O que aconteceu com você no refeitório? - ela perguntou.
     - É que eu ia conversar contigo, só que eu vi que você estava meio ocupada. - respondi.
     - Ah o Dan, é que ele veio me convidar para eu ir com ele ao Baile de Inverno.
     - Hm, e o que você disse? - perguntei curioso e meio preocupado com a resposta dela.
     - Não, não quero ir com ele, percebi que você não ia muito com a cara dele. - ela disse e depois riu. Eu também não consegui conter o riso.
     - É que ele é muito idiota. - eu disse.
     - Pois é, percebi isso nele também. - então nós dois começamos a rir, paramos só quando o Sr. Carson, diretor da escola, entrou dentro da sala para nos dizer que Scott estava bem, voltaria no próximo dia e que tudo não passou de um "acidente". - todo mundo ficou meio desconfiado disso, começaram a cochichar uns nos ouvidos dos outros dizendo que não acreditavam que foi um acidente.
     O diretor pediu a atenção de todos novamente e nos relembrou que o Baile de Inverno iria acontecer daqui a cinco dias, e para que nós escolhêssemos nossos pares até lá.
     Eu e Hayley olhamos um para o outro, mas não conseguimos dizer nada. A aula de inglês havia começado e o Sr. Jackson chamou a nossa atenção, nunca gostei desse cara.
     - Vocês dois aí, podem prestar atenção na aula? Estou interrompendo algo? - disse o Sr. Jackson, e o resto da turma nos olhou imediatamente.
     - Desculpe Sr. Jackson. - eu e Hayley respondemos e depois demos algumas risadas escondidas do professor.
     Olhei para frente para copiar o conteúdo do quadro e achei um bilhete em cima do meu caderno. Peguei ele, abri e li o que estava escrito.
     "Preciso conversar com você - Hayley ♥ "

     Guardei o bilhete dentro da mochila e comecei a contar os segundos para que essa conversa chegasse logo.

Angels Of The Darkness - Chapter 2

     Já era seis e meia da manhã e eu tinha que ir para a escola. Gosto muito de lá, apesar de algumas pessoas falando de outras pelas costas, mas me diz em qual lugar que não se tem isso hoje em dia?. Eu tenho dois amigos em que mais confio, Jéssica e Leonardo. Ah! Esqueci de me apresentar, meu nome é Damon, tenho 16 anos, moro em Santa Barbara, no estado da Califórnia e essa é a minha história.     Na verdade estou com muito sono, eu não consegui dormir direito desde sexta-feira à noite, foi quando vi Hayley, nunca mais consegui encontrá-la depois disso. Era segunda-feira, fazia um dia lindo na rua e eu estava com aquele pressentimento de que alguma coisa iria acontecer. Levantei da cama, me vesti, fui ao banheiro escovar os dentes e peguei o meu material escolar, no mesmo instante percebi que tinha aula de francês hoje, é uma das matérias que eu mais odeio, nunca consigo entender nada.
     Desci as escadas e minha mãe, Lilian, estava lá preparando um café da manhã delicioso de panquecas com cobertura de chocolate, ovos fritos e bacon. Minha mãe havia se separado de meu pai há cinco anos, eles brigavam muito. Eu tenho uma irmã, Caroline, ela está no último ano de escola e sempre está na correria de preparativos de formatura, só de pensar que eu vou me formar ano que vem chega à me dar um frio na barriga. Eu gosto muito da minha escola, mesmo com algumas pessoas que eu não goste, mas não consigo me ver em um futuro sem a escola e meus amigos todos os dias.
     A Santa Barbara High School, é uma escola maravilhosa, é o lar dos Dons, que é o time de futebol americano de lá, e suas líderes de torcida, eles são muito feras no que fazem. Depois do café da manhã minha mãe me deixou na frente da escola e quando ela foi embora lá, eu vi que todos estavam correndo para observar alguma coisa no meio do pátio. Uma ambulância chegou rapidamente no local e meus dois melhores amigos vieram correndo apavorados, me contar o que houve.
     - Damon, aconteceu uma coisa horrível e muito sinistra! - disse Jéssica ofegante e quase chorando.
     - O que houve? - perguntei.
     - O Scott, nosso colega nos períodos de matemática, caiu e bateu a cabeça no chão, ele está inconsciente. - disse Leonardo.
     - Sério!? E como que isso aconteceu? - perguntei.
     - Dizem que ele desmaiou, mas eu acho que alguém o empurrou ou fez alguma coisa, ninguém conseguiu ver o que realmente aconteceu, mas o mais sinistro ainda é que ele "desmaiou" com a mão fechada em um punho e dentro tinha uma fita de cabelo vermelha. - explicou Jéssica.
     - Sério?! - perguntei assustado e surpreso, pois já havia visto duas destas fitas de cabelo antes.
     - Sim! - os dois responderam ao mesmo tempo, como se eu fosse um retardado.
     - E tinha alguma coisa escrita nessa fita?
     Jéssica tirou de seu bolso a fita que estava no punho de Scott e me entregou.
     - Como você pegou? - perguntei.
     - Peguei antes de a ambulância chegar. - disse Jéssica.
     Eu peguei a fita de sua mão e li o que estava escrito nela de caneta preta:
   "Em uma sexta-feira à noite a lua iluminava o céu, quando um corvo morto voou de volta para a sua escuridão".
     - Nenhum de nós dois conseguiu entender o que quer dizer. - disse Leonardo.
     - Isso talvez seja só o começo. - eu disse olhando para os enfermeiros levando Scott para a ambulância e acabei fingindo que não vi Leonardo e Jéssica que estavam me olhando esperando alguma explicação do que eu tinha acabado de dizer.
     Esse momento foi interrompido quando o diretor da escola, Sr. Carson, saiu para o pátio para mandar todos para as suas salas de aula. Nós imediatamente entramos na escola e fomos para o corredor, tínhamos aula de história juntos no primeiro período, fui em direção a meu armário pegar meus livros. Eu estava pegando meu livro de ciências quando alguém cutucou o meu ombro esquerdo e perguntou:
     - Oi, poderia me dizer onde eu posso encontrar a sala de artes neste mapinha aqui? É que eu estou perdida sabe...
     Eu me virei e no momento em que vi a pessoa que estava parada na minha frente, com um papel na mão e sorrindo para mim, meu coração acelerou como nunca tinha feito antes. Eu fiquei tão nervoso, que tudo o que saiu da minha boca foi:
     - O...o...oi. - depois disso acabei me tocando de que eu estava ficando ridículo e continuei - Oi, pode deixar que eu te levo até lá. Hm, eu não te conheço de algum lugar?
     - Obrigada. Hm, não me lembro. Aliás, meu nome é Hayley, prazer em te conhecer.
     - Meu nome é Damon, prazer em te conhecer também.
     Nesse momento ela sorriu para mim de novo, e eu tive a certeza de que ela era a menina da névoa daquela sexta-feira à noite. Fiquei tão impressionado que quase não notei o seu colar de fita vermelha.

Angels Of The Darkness - Chapter 1

     A luz da lua iluminava a noite mais escura de todos os tempos, eram tempos difíceis. Eu estava sentado em um banco no meio da pracinha que agora se encontrava vazia, como se não tivesse vestígio de felicidade alguma. Quando do nada, uma grande névoa cinza aparece, fiquei com medo, parecia aquelas cenas de filmes de terror. Os balanços começaram a se balançar sozinhos, uma rajada de vento levava as folhas secas de um outono tenebroso, a luz dos postes da rua piscavam sem parar, parecia que as lâmpadas iriam queimar a qualquer momento.
     Olhei para frente e vi uma garota parada no meio da rua, ela tinha cabelos longos e pretos, sua pele era pálida como a neve e seus olhos eram vermelhos cintilantes, tinham um contraste com sua sombra e lápis de olho pretos nos olhos. Aparentava ter uns 15 anos de idade, ela era linda. Ela levantou a sua mão direita e acenou para mim, nesse momento eu percebi que ela tinha um tipo de tatuagem na palma de sua mão. Mas eu não à reconhecia de nenhum lugar.
     De repente, ninguém mais se encontrava lá, a névoa já estava começando a desaparecer e tudo o que restou no meio da rua, era um corvo morto com sangue à sua volta. No momento em que vi aquela imagem, fechei os olhos pensando que era apenas um sonho e depois os abri e observei a rua no horizonte. Um vulto havia passado e deixou uma fita de cabelo vermelha na beira da calçada. Eu fui até lá e a peguei do chão. De caneta preta eu vi o meu nome escrito naquela fita vermelha.
     Depois de alguns segundos, outro corvo pousou ao meu lado, percebi que ele estava com outra daquela fita vermelha em seu pescoço, por incrível que pareça, ele deixou eu tirar a sua fita e depois disso ele voou para a escuridão.
     Nessa outra fita estava escrito um nome de menina, na mesma hora percebi que era o nome daquela garota da névoa. O nome dela era Hayley. Essa foi a primeira vez, que eu tinha visto a menina que mudaria a minha vida.

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